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Wine Run - Diego Motta

  • Diego Motta
  • 25 de mai. de 2015
  • 2 min de leitura

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Pela primeira vez disputando a prova na categoria solo, pude ter a real noção do desafio que essa corrida me proporcionaria e como o percurso foi mudado para esse ano, todos estavam no mesmo barco que eu, ou seja, não sabiam o que os esperavam.



O visual fantastico dos parreirais misturado com muito verde e até com algumas quedas d’agua, maquiava a dificuldade da prova ou pelo menos faziam ser um pouco menos sofrida. Com descidas fortes no cascalho solto, o primeiro trajeto era pura velocidade pros audaciosos e de cautela para os mais conservadores. No meu caso, “deixei solto” e mandei ver, alcançando ritmos que jamais conseguiria impor em pista. Mas a alegria durou pouco, no 6km já apareceu a primeira “lomba” ou subida como queiram e foi ela que nos deu as boas vindas da prova, dando um gostinho de como seria realmente o trajeto. Alguns atletas na minha volta até diziam “a prova começou agora” e de certo modo estavam certos, pois ainda faltavam mais de 14km.


Alterando entre caminhadas ligeiras e trotes, fui vencendo cada km. Uma descida nos moldes do tão bacana primeiro trexo, acabava bem no ponto de troca, onde os gritos de apoio e incentivo dos demais competidores que disputavam nas duplas, davam aquele gás pra qualquer atleta cansado. Naquela altura já com 12,5km nas costas, as pernas começavam a reclamar do alto nível de estresse depositados em tanto impacto e desnível de terreno, mas ainda faltava 9km.


A motivação tem que vir de algum lugar, um atleta próximo, um ponto fixo pra marcar tipo “vou correr até aquela arvore, depois caminho”, um casa típica da colônia tocando música eletrônica (eles querem agradar de qualquer forma, eu gostei) ou até mesmo respeitar o corpo e ir caminhando pra completar a prova, era o que todos tinham na altura no 18km onde passamos pela largada e entramos na última subida e até arrisco a me dizer a mais dificil, não pela inclinação, mas pelo cansaço e também pelo calor que fazia já naquele horário, afinal a prova tve sua largada as 9 e o sol de fim de prova (perto das 11) também já cobrava seu preço.


O som do locutor e a música ao fundo não te deixam mais caminhar. Aquela última olhadinha pro relógio só pra ver a distância, porque o pace e o tempo de prova nem importam mais a essas horas mesmo, o aglomerado de pessoas esperando e aplaudindo, amigos gritando teu nome, isso faz você esquecer por alguns momentos todo o esforço, toda a dor, todo o sacrifício de 21km atrás e faz valer a pena tudo, mas tudo mesmo, o que te levou até ali, teus objetivos, teus desejos, teus sonhos, teus medos, teus “porquês”, enfim.


Só quem experimenta ou já experimentou essa sensação sabe do que estou falando e com certeza vai se indentificar. Agora, é se recuperar (o mais rápido possível, de preferência), pois outros desafiam virão e com certeza você vai passar por tudo de novo…. e quer saber, vai gostar!!!


 
 
 

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