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MARATONA DE PORTO ALEGRE

  • Frederico Vilhar
  • 15 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

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Mais de sete mil atletas inscritos. Partindo disso, a Maratona de Porto Alegre já merece um grande destaque entre as provas realizadas pelo Brasil. Mas o evento vai além, para muitos se torna um marco, uma oportunidade. É quase geral, a maioria dos atletas do Rio Grande do Sul, participa da prova para se testar, romper barreiras e alcançar objetivos traçados a um longo tempo. Para isso, escolhas não faltavam. Os 42km em si da maratona era o grande desafio, mas tinha a meia maratona, solo e em duplas, quartetos, octetos e as rústicas de 3, 5 e 10km.


Escolhi a rústica de 10km. No meu caso, estava em busca de me testar nessa distância, há uns seis meses não corria uma prova assim e disposto a colocar toda a velocidade que conseguisse. Foi bacana, 45 minutos, nono da minha categoria, valeu!


Gostei muito da organização. Com tantas provas simultaneas o pessoal planejou bem e não vi reclamações. Todo mundo satisfeito com o evento. Mas satisfação mesmo, foi para quem cumpriu o desafio da maratona, ainda mais aqueles que fizeram pela primeira vez.


Acompanhei um amigo nessa jornada, o Jorge Drebes. Em provas mais curtas até meia-maratona, ele sempre teve um bom desempenho. Em Punta Del Este, ano passado, fez 1h35m, o que para um atleta amador é um baita tempo. Faltava para ele a maratona, o maior desafio esportivo da vida. Do km 33 ao final fui lado a lado com ele. Na verdade, eu e o Edgar Horn, que dava apoio ao amigo desde o km 21. Incentivei, conversei, tentei ajudar de todas as formas e vi de perto o sofrimento e o prazer de encarar 42km. Prefiro deixar ele contar. Segue o relato do Jorge Drebes:



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Desafio concluido. A primeira maratona a gente nunca esquece. Antes da prova, a ansiedade e durante a corrida momentos de muita dor ao longo do trajeto de 42,195m.


Quando se aproxima da largada, o frio na barriga aparece logo de cara. Fiz a largada em um ritmo bom e confortavel, o que é essencial, logo ali já estava a primeira metade, os 21km, que de fato é onde a maratona se dá inicio realmente. Pensei "estou bem, já foi metade" e mantive o ritmo até chegar a tão famosa barreira dos 32km.


Como é difícil superar. O corpo todo dói, a cabeça tenta resistir. Ainda faltam 10km, só 10k, mas para quem superou 32km cada metro é um desafio à parte. Busquei força nos pensamentos bons, em tudo aquilo que passei para chegar ali e esse foi meu estímulo até final.


Não há melhor visão que a do pórtico de chegada. Seu corpo ainda tem o algo a mais, que te faz dar as últimas passadas até cruzar a tão sonhada linha de chegada. Hora de chorar, gritar etc. A dor já não é nada. Agora é só descansar e projetar o próximo desafio.




 
 
 

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