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ESPECIAL INDOMIT COSTA ESMERALDA - DANIEL GOHL

  • Daniel Gohl
  • 10 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Era sábado , mais um treino da turma Trail de POA, galera que nos últimos meses criou um laço de amizade e companheirismo envolvidos por uma única paixão, correr , e não é só correr é correr em trilha e de preferencia com muita altimetria.


Faltavam duas semanas para a principal prova do semestre a desejada e famosa INDOMIT ULTRATRAIL, estávamos todos correndo uma trilha muito utilizada por nós , a Trilha dos Cavalos , que fica atrás do Santuário Mãe de Deus no bairro Belém Velho, foi quando a prova começava a ter um rumo diferente que o planejado para mim , um entorse, sim uma clássica virada de pé, nunca nesses anos de treino e provas tinha tido nenhuma lesão. Foram duas semanas angustiantes, muita fisioterapia, acupuntura , pé pra cima e gelo muito gelo. Não corri mais até o dia da prova com a esperança de ter o mínimo de desconforto possível . não foi bem o que aconteceu.


Os primeiros kms era um misto de incerteza, esta doendo? Será que é da minha cabeça, logo na primeira trilha algo em torno de 40min de prova a certeza, estou sem nenhuma firmeza para pisar no chão. A madrugada seguiu e eu na esperança de manter somente um ritmo confortável e seguir assim até o fim. Depois de 6h de prova , parei, era a hora de entrar numa trilha de 10kms e a dor e a dificuldade de pisar era intensa. Encarei muito pelo motivo de valorizar tudo que tinha feito para chegar até ali, mas não era só isso que estava em jogo.


Caminhei por toda trilha , não conseguia ter foça para pisar e muito menos para descer nada. Cheguei num posto de apoio e medico, lá fiquei por quase 30min , gelo, uma atenção sem igual dos staffs e paramédicos me deram animo mas a dor era forte, resolvi parar, ao entrar na van da organização foi um misto de sentimentos, estava me sentindo tão bem , músculos fortes , energia sobrando, olhei para os outros atletas desistentes em situação igual ou pior e resolvi desistir de desistir. Pensei eu , vou ate a o próximo posto que fica próximo a pousada e também curto um pouco a praia. La fui eu caminhar mais uns 15 km, terríveis e intermináveis km , a sensação de que podia estar fazendo muito mais era latente, naquele momento uma única coisa poderia acontecer, eu agravar ainda mais a lesão e ficar por um período ainda mais sem correr , algo inimaginável.


A decisão de parar é difícil, mas mais difícil é ficar longe das trilhas por um período indeterminado , ainda mais causado por uma decisão inconsequente. Ter parado não me torna indomável? Me torna menos guerreiro e capaz que os atletas que cruzaram a linha de chegada? Com certeza NÃO.


Uma certeza levo desta experiência que vale para tudo na vida, não tenha medo de mudanças , não tenha medo de desistir de projetos, nem sempre as coisas saem do jeito que a gente que e desejar , e nem por isso a culpa é sua.


Corra por prazer , apaixone-se por você e corra a SUA corrida.


 
 
 

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