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RETROSPECTIVA 2015 - JOSÉ SARAIVA

  • José Saraiva
  • 16 de dez. de 2015
  • 5 min de leitura

Esse ano foi de muitas conquistas e aprendizado, pois afinal foram quase 2.000km percorridos durante treinos e provas de 3km até os 42km, inclusive morro acima. Muitos treinos entregues debaixo do sol escaldante e alguns com sensação térmica beirando o zero grau. Treinos nos mais variados terrenos, com a presença dos amigos e até mesmo na solidão, pra aprimorar o psicológico e “burlar a sofrência” das provas longas que estavam por vir.


Começamos o ano com pódio no octeto misto durante a 11ª TTT, uma das provas mais clássicas do estado e que praticamente abre o calendário de corridas para a maioria das assessorias, reunindo corredores de todo o estado, desde aqueles que correm pequenos trechos de cerca de 6km até aos chamados “ulTTTras” que enfrentaram sozinhos mais de 80km de areia entre as praias de Torres e Tramandaí no ápice do verão. Ficamos em 2º lugar com o tempo de 5h26min e tive a honra de ser nomeado o capitão desta equipe que estava se dedicando aos treinos desde o segundo semestre do ano passado para que o meta fosse atingida com êxito.


Em abril, tive a oportunidade de correr a etapa Golden Four no Rio de Janeiro, uma das mais bem organizadas do país, que tem 4 etapas espalhadas pelo pais. Fui em busca do TOP100 mas não foi possível, pois além do calor já esperado, nesta época estava me dedicando muito mais ao ganho de volume para fazer a Maratona de POA e Uphill propriamente ao ganho de velocidade.



No mês seguinte realizei 3 provas num período de 10 dias: A POA DAY, Wine Run, em Bento Gonçalves e do dia do desafio SESC etapa POA, no qual participo desde 2013. Na Wine pude perceber que eu já estava muito melhor preparado para as médias/longas distâncias e fiz uma boa prova, superando minhas expectativas quanto à tempo e colocação, chegando em 8º lugar geral e sendo campeão da categoria. Na segunda parte da prova vi que ainda tinha forças e aproveitei para buscar algumas posições mesmo com as subidas, que não são meu ponto forte. Comemorei muito aquele pódio ao lado dos amigos que foram para a prova comigo e que se deslocaram na madrugada da provas para participar do evento.


Três dias depois, na virada de quarta para quinta (28/05) fui participar de mais uma etapa do Dia Do Desafio que eu venci na edição anterior, participando como comerciário. Fiz uma das melhores provas de 3km até então, saindo num ritmo “confortável”, buscando posições aos poucos e deixando para sprintar apenas nos últimos 200 metros, correndo no limite. Após a chegada desabei e senti o estrago da Wine, pois as panturrilhas estavam queimando de tanto esforço, mas o que eu queria naquela prova eu consegui e mais uma vez, quem estava lá pra acompanhar viu aquela bela briga pelo título.


A preparação para as provas alvo (Maratona Internacional de POA e Uphill Marathon) começou em Fevereiro, onde o volume de treinos aumentou gradativamente, tornando possível o sonho de uma Maratona abaixo de 3hs possível. A dedicação aos treinos aumentou e a rotina de treino compreendia cerca de 5 dias na semana, além do reforço muscular feito 3 vezes por semana, quase sempre antes do horário de trabalho. A cada treino, principalmente longão realizado era perceptível a evolução gradativa de como as coisas estavam. Tive que reduzir o número de provas e me dediquei fielmente à planilha fazendo nos finais de semana longos que variavam entre 20km e 35km. Independente do tempo, tinha treino e se estava não era possível ir pra rua, usava a esteira da academia.


Nesse período de treinamento com poucas provas, usei algumas como “treino de luxo” e vi que os treinos passados pela minha treinadora Rita Abero estavam dando o resultado esperado e me dando confiança para as provas que estavam por vir. Fiz 2 provas de 21km, no Festival de corridas do CORPA, que fechei em 1:25:33 chegando completamente inteiro e fazendo força apenas nos últimos 5km da prova. Já na Meia Maratona de POA fui com a intenção de bater minha melhor marca e consegui baixar meu tempo em quase 2 minutos, fechando a prova em 1:22:37.


Chegado o esperado momento, não deu outra. Na Maratona de POA consegui fazer os 42.195m abaixo das 3 horas. Sai num ritmo mais forte do que o planejado, mas mesmo quebrando 4 minutos em relação aos primeiros 21km da prova tudo saiu dentro dos conformes e cruzei a linha de chegada em 2:59:51. Se não fosse o apoio do Diego Motta, das gurias da equipe passando o km30 da prova com mimos (batata cozida com sal, refrigerante e etc), do Marcelo Lobo e do Frederico Hübner, que me ajudaram e muito durante a prova, não teria êxito na conquista. O psicológico estava aguçado e eu vi que mesmo quando estava complicado manter o ritmo desejado, os pensamentos se voltavam para todo treinamento executado durante mais de 4 meses e que ali naquela prova era o momento perfeito.


45 dias depois, no primeiro dia de agosto, encarei a prova mais difícil até então, a Mizuno Uphill Marathon. Desbravar a Serra do Rio do Rastro foi a maior loucura como corredor, mas não me arrependendo nem um pouco de ter ido lá e feito meu melhor do começo ao fim, superando o frio, a escuridão ao adentrar a Serra, além de desbravar as 256 curvas e o mais de 1400m de altimetria da prova, sendo que o ganho de elevação apenas nos últimos 15km é de 900m. O desejo de fazer a prova beirando as 4 horas foi por água antes dos 30km devido ao cansaço que senti durante a primeira parte da prova e acabei com 4:44:30 chegando entre os 200 primeiros colocados de quase 500 corredores, dentre eles amadores e profissionais.


Apesar do cansaço pós Uphill, na semana seguinte fiz a 2º etapa da POA DAY, graças à uma inscrição que “brotou” de última hora, já que um amigo da equipe não estaria presente no dia da prova. Corri a prova num ritmo que antes de todo desgaste era confortável, algo em torno de 4’00”/km, porém paguei o preço da Uphill e fui pra cumprir tabela e matar a saudade de correr depois de uma semana parado. Ainda deu pódio, 1º na categoria.


Após isto, foram inúmeras provas sendo a grande maioria nas distâncias de 3km e 5km, além do revezamento junto com o Diego Motta (Di2) na Maratona Noturna de POA, que já foi relatado por aqui no Blog, além de mais uma etapa da Golden Four, desta vez na cidade de Brasília. Encaixei uma boa sequência de resultados positivos, conseguindo subir ao pódio na maioria das vezes. Isso engrandeceu minha vontade de estar presente em boa parte das provas após agosto, sendo que em alguns finais de semana tinha mais de uma prova para disputar. Quem corre sabe que é complicado fazer inúmeras provas sem o devido descanso, afinal o risco de lesionar é grande, mas respeitando os sinais que o corpo apresenta é possível sim e fechamos mais um ano, sem lesão alguma.


Posso dizer que este ano de 2015 foi muito acima das expectativas, pois os resultados obtidos, apesar de todo trabalho ser sempre em busca da excelência como corredor de rua amador e dentro da disponibilidade de tempo em razão de outras tarefas do dia a dia me surpreenderam bastante. Subir no pódio com grandes nomes das corridas de rua do estado, e antes de tudo amigos é a motivação necessária para que no próximo ano possamos trabalhar com mais afinco e vontade. Iremos atrás de novas provas e desafios, e aos poucos o calendário de provas do ano seguinte vai tomando forma.


DESEJO AOS AMIGOS E LEITORES DO SITE, UM 2016 CORRIDO E RECHEADO DE CONQUISTAS!





 
 
 

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