NUTRI ADRI - ALIMENTAÇÃO LOWCARB/PALEO NA GESTAÇÃO
- Adriane Rodriguez
- 23 de dez. de 2015
- 2 min de leitura
Alimentação PALEO (prefiro usar comida de verdade), significa consumir alimentos que estejam em sua forma natural, desprovidos de industrialização e de processamento e muitas vezes agrotóxicos, apenas passando por alguma etapa de cozimento para que seja possível sua digestão, seria óbvio seu consumo prioritário na gestação.

Muitas pessoas tem dúvidas se é possível seguir um estilo de alimentação low carb, ou comer comida de verdade durante algumas etapas da vida. Não só é possível como é o mais indicado em todas as etapas da vida, mas vou me ater à gestação que tem gerado muitas polêmicas e curiosidades.
Pensando na fisiologia, o primeiro trimestre é o mais delicado e importante de toda a gestação. O coração, cérebro e medula espinhal do bebê começam a tomar forma e as principais estruturas do corpo do bebê começam a se desenvolver, bem como todos os principais órgãos. O coração bate em um ritmo forte e constante. Do ponto de vista energético, é um “motor voraz” de energia, que precisa ser disponibilizada de maneira rápida e fácil e, sem dúvida, estamos falando do carboidrato de alto índice glicêmico.

Na natureza dispomos destes alimentos naturalmente, comida de verdade, sem processamento ou extrusão industrial, que nos fornece essa energia tão imediata, sem necessidade de apelarmos para produtos industrializados, como pães, biscoitos, bolachas, massas, etc. Neste momento da vida (de grande demanda) eles são úteis, diria que imprescindíveis. Eles nutrem, e dão energia, rápida e limpa. Estamos falando dos tubérculos e raízes (todas as batatas, inhame, aipim, cará, etc). O simples ato de cozinhar, se encarrega de aumentar a disponibilidade de energia, sem haver justificativa para consumir farináceos/ cereais processados.

Devemos respeitar os primeiros meses da gestação, em termos de necessidade energética, pois o embrião não produz glicose, ele depende da ingestão da mãe, e para que não ajam desconfortos nesse período, faz-se importante o consumo de comida de verdade com elevado Índice Glicêmico. Não há necessidade e nem deve ser um momento de preocupação com ganho de gordura atribuído pelos carboidratos nesta fase, uma vez que a demanda energética é muito elevada.
Bem, mas e a low carb? E a baixa ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico, é possível manter? É necessário? Auxilia a manter um peso adequado no decorrer da gestação? Sim! Assim que a gestante tiver normalizado seu quadro inicial de enjoos e/ou paladar exigente, que coincide com o início do segundo trimestre, já pode ser possível voltar a ingerir prioritariamente alimentos com baixo IG, nossos conhecidos legumes e verduras, juntamente com porções adequadas de proteínas de alto valor biológico e gorduras saudáveis.

Claro que nem sempre o paladar (principalmente das primeiras 12 semanas) facilita essas escolhas, porém sempre é possível evitar os açúcares e os alimentos refinados. Criar a consciência de que o alimento tem que nutrir, também, não só “energizar”, as vezes é um fator motivacional para tentar manter um peso adequado para mãe e bebê.


Adriane Rodriguez é nutricionista esportiva e clínica, corredora com experiência em provas de montanha e colunista parceira do CORRER É FÁCIL.
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