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IRONMAN - WALTER TLAIJA - INÍCIO DE TEMPORADA

  • Walter Tlaija
  • 19 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

Estou a menos de 20 dias de disputar minha primeira prova do ano, o 70.3 Buenos Aires. Será a primeira edição do evento, que contará com a presença de diversos atletas profissionais e dos principais amadores da região. Para mim, servirá como um divisor entre o período de base e o período de treinos específicos para o Ironman Brasil, em maio. Ano passado também competi no início de março, e o resultado foi bom. Gosto de encaixar alguma prova nessa época, mesmo sem estar na forma física ideal.



Depois das férias, em dezembro, voltei a treinar normalmente, contemplando as três modalidades. Em janeiro, os treinos foram ganhando intensidade e os volumes foram aumentando. Por conta disso, senti novamente a lesão no calcâneo e, depois de uma sessão bem forte de corrida na pista, procurei o médico. Fiquei realmente mal, com muita dor, quase sem poder caminhar. Decidimos fazer exames de imagem e parar com a corrida. Desde então, quase quatro semanas se passaram, nas quais o ciclismo e a natação ganharam prioridade.




Tenho nadado mais de 20km por semana e pedalado em torno de 15 horas. Eu e a Verônica, minha treinadora, optamos por tentar ganhar qualidade nessas duas modalidades enquanto a corrida está suspensa. Sempre que alguma lesão me impede de correr – o que já aconteceu umas três vezes – seguimos por esse caminho. O resultado é visível, a melhora é significativa. Claro que detesto não poder calçar os tênis e sair para um trote, mas me agrada perceber o quanto o ciclismo e a natação ganham consistência.


Para terem uma ideia do que tenho feito nas últimas semanas, vou citar os treinos mais relevantes: sobre a bike, há 10 dias, fiz 160km com bastante subida, fechando com 240w de média. Na quinta feira da semana passada, fiz uma série de 10 tiros de 1km a 130%, andando a 410-440w de média. Sábado passado fiz 120km, dentro dos quais teve um tiro de 40km em ritmo de prova (265w). Domingo fiz um mountain bike bem duro, com 1200m de subida acumulada em 45km! Já na piscina, há duas semanas, fiz 60x100m, sem intensidade mas mantendo a qualidade. Segunda passada fiz um tiro de 1500m nadando firme (1’35” a cada 100m), seguido de 10x150m saindo a cada 2’30”. Ontem, com a equipe master do Grêmio Náutico União, fiz a série de 12x150m saindo a cada 2’20”! Isso é bem complicado pra mim, e me deixa feliz conseguir.


Em relação à corrida, tenho feito exercícios funcionais e caminhado na esteira, em ritmo forte. São maneiras de ir acostumando meu corpo – mais precisamente a região lesionada – com a ideia de voltar a correr. Não pretendo voltar antes do dia 6 de março, data da prova em Buenos Aires. Mas lá, assim que largar a bicicleta e puser os tênis, tenho certeza de que conseguirei imprimir um ritmo no mínimo razoável, e, mesmo com dor, completarei a prova. Na última vez em que competi sem estar treinando corrida (70.3 Punta del Este, em novembro do ano passado), encaixei os 21km com 3’55” de média, o que não é nada mau!


Espero, então, completar a prova na Argentina de forma satisfatória, nadando e pedalando forte, mas, principalmente, sem agravar a lesão. Afinal de contas, preciso estar bem para me preparar adequadamente para o IM Brasil e atingir meu objetivo, que é baixar de 9 horas.



Walter Tlaija é triatleta, gaúcho, e participou do Mundial Iron Man 2015 em Kona, no Havaí. Colunista do CORRER É FÁCIL, ele escreve sobre os seus treinos e preparação para seus desafios. Em 2016, Tlaija vai disputar o Mundial de Half Iron, na Austrália.


 
 
 

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