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ESPECIAL TRC CORUPÁ - KARINA SILVA

  • Karina Silva
  • 28 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

Meu nome é Karina Silva, faço corrida de ruas desde Janeiro de 2011, nesse meio tempo corri uma meia maratona, 4 Travessias Torres Tramandai ( 2 octetos e 2 quartetos ) e muitas provas de 3 e 5km em asfalto. Me considero uma corredora de provas curtas, já obtive alguns bons resultados. Bom... mas venho falar sobre o meu maior desafio até hoje a corrida TRC Corupá/SC.


No início de janeiro resolvi mudar o foco e partir pra trilha, assumi esse desafio, essa que está como uma das mais difíceis do Brasil. Mas não saberia que seria tão sofrido... e foi aí que começou o meu calvário.



No dia 6 de fevereiro fui fazer um treino em trilha onde fiz 20km, porém no km 6 senti uma dor insuportável na lateral do joelho esquerdo e praticamente me arrastei até o final. Consultei o traumato e chegamos ao dignóstico de Síndrome da banda Íliotibial. O Tratamento foi fazer gelo e repouso. Depois de uma semana justamente quando voltaria aos treinos cai de moto e sofri uma queimadura na panturrilha esquerda, o que me fez ficar mais uma semana parada.



No dia 21 de fevereiro retornei aos treinos, mas no km 2 já começou a doer o joelho e no km 4 resolvi abandonar o treino e preservar para a prova e já que estava a apenas 5 dias do desafio. Sendo assim, chegando o grande dia, estava 20 dias sem treinar e com uma estratégia de apenas concluir a prova da melhor maneira possível, km por km.



A estratégia foi adotada pelo meu treinador Eduardo Campelo da Veloz Assessoria esportiva e a ideia era de tentar fazer pelo menos 50% da prova sem dor. Larguei em um ritmo confortável, em um pace de quase 7 minutos por km, numa estrada de paralelepípedo por uns 6km. Ali muitas meninas me passaram, porém na subida consegui ultrapassá-las.



Subimos a montanha, muita lama, de atolar com barro pelo joelho, muita pedra, muito calor. Porém eu corria na reta, nas subidas eu caminhava rápido e na descida eu corria segurando a passada. Até o km 14 corri sem dor, porém nessa marca cai e torci o joelho.



Nessa hora, a dor veio com tudo e as lágrimas rolaram. Tive dúvidas, tive medo, insegurança. Corri com muita dor até os 18km, sem quase conseguir caminhar. Parei, sentei no barro, alonguei. E por mais de uma hora sozinha, numa trilha deserta, mas sem me sentir sozinha, pois as palavras do meu treinador Eduardo Campelo vinham na minha mente a todo tempo. Foi aí que encontrei minha força e meu ponto de equilíbrio.


Consegui concluir a prova em 3hs56min, o que na verdade fechou em 27km, minha maior distância percorrida sem parar e com certeza a prova mais difícil que fiz até hoje. No final, o surpreendente 3º Lugar na categoria ( 20-29) e 12º Lugar Geral de 41 mulheres.



De fato, foi um dia de superação e aprendizado. Dia de chorar na prova e sorrir com o resultado final.

Agradeço aos meus amigos da Veloz Assessoria Esportiva pelo incentivo e apoio e também ao meu treinador Eduardo Campelo.


Bora recuperar e voltar a ficar 100%.




 
 
 

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