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13º GP MERCOSUL DE ATLETISMO MASTER

  • Maurício Pinzkoski
  • 10 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Uma quebra de conceitos do início ao fim. Esse foi o retrato do evento. Eu já tinha participado de outras competições internacionais como o Campeonato Mundial de Atletismo Master, realizado em Porto Alegre em 2013, e do 12° GP de Atletismo Master, realizado em Rosário – Argentina – em 2014. Mas observar, e participar do 13° GP foi uma experiência elucidativa.


Foram três dias de provas que começaram na sexta-feira, dia 6 e terminaram, com festa, ontem, dia 08 de abril aqui em Porto Alegre. Todas as competições (pista e campo) foram realizadas com o apoio integral da Federação Gaúcha de Atletismo.


Poderia relatar os meus resultados, mas vou me ater ao que – de fato – fez a diferença em competições como essas. Ok, era uma prova internacional, quase um sul-americano. Ok, poderia ter mais atletas participando e muito mais prestígio dos portoalegrenses apoiando e incentivando, mas nada disso tirou o brilho, a disposição e o entusiasmo dos competidores que, ao contrário que muitos pensam, eram só idosos (mesmo se fosse, se você tivesse assistido teria aprendido algo que mudaria sua forma de pensar).


O atletismo máster é sim composto, em sua grande maioria, de atletas mais velhos. Mas experimente competir com um atleta de 55 anos (que pratica o esporte há 20 anos) e faz um tempo de 38 min da prova de 10Km. Achou fácil? Levante seu “delicado” e “frágil” corpo e vá correr para sentir todas as dificuldade envolvidas.




Faz só 4 anos que eu corro. Sim. Só 4 anos. O que tenho percebido é uma desvalorização de atletas mais velhos como parte de uma sabotagem do atletismo máster que, em alguns casos, é praticado, também, por atletas dentro da categoria (infelizmente). Mas nada disso tira o brilho do olho de quem, não importando a idade, tem resiliência, disciplina e perseverança de treinar, treinar e competir. Nada disso – todas essas bobagens inventadas por quem tem inveja e incapacidade de fazer diferente – anula a amizade, o espirito de companheirismo, a alegria que é o atletismo máster.


Os meus resultados? Verdadeiramente não importam. O que vou levar para minha vida, e ensinar aos meus filhos, é que existe algo muito – mas muito mesmo – mais importante que tempo ou medalha. Existe um mundo que só aqueles que estão dispostos a ver terão o benefício de mudar sua forma de pensar e viver melhor.


Porque é importante competir. É importante se esforçar, se superar, mas a vida é bem maior que esses detalhes.


Parabéns a toda organização do evento, em especial à Associação Brasileira de Atletismo Master – ABRAM e às empresas patrocinadoras e incentivadoras.


 
 
 

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